Ao longo da pandemia foram divulgados diferentes métodos ineficazes para se combater e evitar a contaminação do vírus que fez milhares de vítimas pelo mundo

As fake News ou notícias falsas ganharam grandes proporções nos últimos tempos, principalmente por duas razões: devido à facilidade e velocidade de disseminação e pelo impacto que podem gerar em toda uma sociedade. Existe fake acerca de diferentes assuntos, os que estão relacionado a saúde está muito em evidência, por conta da COVID-19, há uma grande quantidade de informações falsas que circulam principalmente na mídia, sobre o  Coronavírus que circula desde o início da pandemia.

Sabemos que ao longo da pandemia foram divulgados diferentes métodos para se combater e evitar a contaminação do vírus que fez milhares de vítimas pelo mundo. Uma das receitas divulgadas é o uso de água com alho fervida, o que a OMS desmentiu, pois embora seja um alimento considerado saudável, não protege contra o coronavírus. Outro método divulgado nas mídias sociais foi  o consumo do chá de erva doce foi divulgado que a planta possui a mesma substância que o medicamento Tamiflu , utilizado para tratar a gripe A –  H1N1. O Ministério da Saúde afirmou que, assim como no caso de outras gripes, nenhum tipo de chá pode ser utilizado para substituir um tratamento adequado contra a gripe, muito menos contra o novo coronavírus. Além disso, planta medicinal não possui o princípio ativo do Tamiflu. Outros medicamentos  também foram divulgados como forma de cura contra o vírus como os famosos medicamentos cloroquina, hidroxicloroquina  associados a azitromicina, ivermectina ,  muitas pessoas fizeram uso desses medicamentos em suas residências, mesmo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não recomendando, a utilização de qualquer medicamento até a efetividade comprovada. Pois os medicamentos poderiam provocar distúrbios no organismo, segundo a Anvisa.

Ao Longo da pandemia surgi de fato algo que poderia evitar a contaminação e o agravamento da doença, e é sobre ela que vamos falar, a Vacinação, que foi de fato o único método comprovado para combater a disseminação do vírus e em casos de contagio uma melhor recuperação. Foram meses de estudos, em diferentes países , e quando as vacinas são desenvolvidas, comprovadas sua eficácia e passam a ser distribuídas e aplicadas, surgem Fakes News  que causam dúvidas, anseios e manipulam a população, fazendo com que muitas pessoas não se vacinem com receio dos efeitos colaterais que a mesma possa causar. De acordo com  a coordenadora de Produto da Agência Lupa, Marcela Duarte, responsável por  gerenciar projetos nas áreas de jornalismo e educação e coordena a área de audiência e engajamento, o cenário de propagação da desinformação é composto por diferentes perspectivas. As pessoas tendem a acreditar mais em notícias que está de acordo com o que elas pensam, com sua opinião, mesmo que a verdade tenha sido comprovada com fatos. No contexto pandêmico, a jornalista explica que por todos desejarem a cura, o fim da doença, as pessoas acabam acreditando, muitas vezes inconscientemente, nas informações que chegam a elas, e compartilhando Informações que muitas vezes são equivocadas ou completamente falsas.

Dentre as Fakes News mais absurdas sobre as vacinas podemos citar:

1 – A vacina contra a Covid-19 vai modificar o DNA dos seres humano- Tal teoria foi disseminada a partir de um vídeo de Carrie Madej, osteopata americana, em grupos antivacina. Essa fake news afirma que a vacina mudaria o DNA humano, criando uma “nova espécie e, talvez, destruindo a nossa”.  Os especialistas esclareceram que as vacinas usam algo inédito que é o RNA mensageiro. Que faz com que parte do material genético do coronavírus, seja absorvido por nossas células, para elas produzirem uma proteína característica que será detectada pelo sistema imunológico. “A ideia é que o nosso corpo aprenda desta forma a nos proteger da Covid-19. Mas essa tecnologia não altera o DNA das nossas células e, portanto, não cria seres humanos geneticamente modificados”, explicaram especialistas para a BBC News.

2- A vacina contra a Covid-19 tem chip líquido e inteligência artificial para controle populacional – Nas redes sociais tem sido divulgado vídeos que dizem que as vacinas foram desenvolvidas com intuito de controlar a sociedade. Segundo o G1, os vídeos dizem que “o plasma dessa vacina, que é o líquido, vem com uma codificação que traz uma leitura para inteligência artificial, então eles têm o nosso controle através disso. É como se fosse um chip, mas de forma líquida, que é o plasma”. Porém foi comprovado que não existem esse tipo de chips e que a vacina não tem poder de controlar as pessoas

3 – Imunizantes contra Covid-19 estão relacionados à transmissão de HIV – Circula nas redes principalmente no Whatsaap e Facebook texto relacionando a imunização a transmissão de HIV. Porém não se têm ligação entre a vacinação e o HIV

4-  Vacinas contra Covid-19 criam campo magnético no corpo de quem é imunizado – Usuários de redes sociais compartilharam, em todo o mundo, vídeos em que pessoas  que receberam o imunizante contra a Covid-19  colocam moedas e objetos metálicos no braço e esses ficam grudados, comprovando a existência de microchip  comprovando um campo magnético contidos no imunizante. Mas o suposto magnetismo pode ser explicado por conta do suor, pele úmida, entre outro fatores.

A partir dessas fake news podemos observar o quanto as fake News são usadas de maneira cruel para  disseminar informações falsas, que podem  colocar em risco a saúde e a integridade das pessoas. As pessoas que se negam a vacinar, acreditam nessas mentiras propagadas e não buscam se informar, e ainda compartilham e aterrorizam aqueles que optam pela imunização. Ou seja a desinformação representa um problema sério não apenas para a pessoa que não se imuniza, pois  pode ter a capacidade de colocar em risco a saúde de muitas pessoas.

https://www.ufpb.br/cim/contents/menu/publicacoes/cimforma/cim-x-fake-news-uso-de-chas-medicinais-para-prevenir-ou-curar-a-covid-19

https://www.ufsm.br/midias/experimental/agencia-da-hora/2021/11/11/top-5-fake-news-mais-absurdas-sobre-a-vacina/