Olá, boa noite.
Escolhi uma reportagem que retrata um assunto muito pertinente e que foi muito debatido durante esse momento de pandemia e distanciamento social, que é o uso do medicamento hidroxicloroquina, porém abordado por meio de ressaltava sobre fake news.
Nos últimos meses foi possível ver o que é um país mal governado e sem rumo, onde não tínhamos e continuamos sem ter um representante digno no Ministério da Saúde, fator esse incompreensível já que lidamos com uma doença que tem matado milhares de brasileiros e milhares de pessoas ao redor do mundo. Irresponsabilidade essa não apenas na área da saúde assim como em tantos outros ministérios, como o atual ministro do Meio Ambiente, mas esse não é o foco do nosso texto.
Muitas demissões foram causadas porque profissionais sérios e de renome na área onde são formados e atuam, discordaram de uma gestão mentirosa e incompetente e assim se viram como alvo de chacota e difamação perante toda a sociedade brasileira. Assim como acompanhamos também diversos profissionais nomeados a cargos públicos com inúmeras fraudes em seus diplomas e currículos, tal situação que a meu ver é vexatória para o nosso país e até difícil de acreditar que possa acontecer.
Retomando a saúde, o ”nosso” presidente se propôs a desafiar a ciência e afirmar para a mídia o estímulo ao uso e para a eficácia dessa medicação que não tem a menor comprovação científica ao combate de um vírus tão mortal como o covid-19.
Em lives feitas em veículos digitais assim como em reportagens em grandes jornais na televisão, tivemos que observar tantas declarações falsas e dolorosas. Digo dolorosa porque após contrair o vírus junto a minha família, entendo a dor e como é se sentir abandonado em meio a esse caos.
O pior é ter representantes governamentais propagando fakes news sem o menor senso de responsabilidade e vergonha, levando pessoas que estão vivendo sob pressão a acreditar que tais informações sejam reais simplesmente porque viram o presidente da república replicar inúmeras vezes, e temos que concordar, deveria ser seguido mesmo pois ocupa um posto de respeito e seriedade na nossa sociedade, caso o mesmo fosse respeitado por quem o ocupa.
Pensando nisso e refletindo, os motivos para serem criadas fake news podem ser os mais diversos, mas nesse caso o que me chocou foi presenciar um chefe de uma nação induzir calorosamente sua população a se medicar e até mesmo sendo seguido por alguns médicos também.
Observamos uma grande parcela da sociedade seguir tais instruções por confiarem nessas informações, em contrapartida outra parcela seguiu apoiando essas mentiras por puro fanatismo, pois sabemos que não havia e não há nenhum baseamento científico e formação acadêmica do presidente para querer influenciar em questões que envolvem a ciência.
Essa reportagem nos mostra como as fakes news ainda são utilizadas por políticos para propagarem inverdades com intuito de reafirmar as declarações que fazem. De que forma as mídias sociais contribuem para que as pessoas menos instruídas acabem compartilhando e acreditando nessas declarações.
Se pensarmos além, a propagação de fake news em período eleitoral eram feitas de forma mascarada por meio de aplicativos de relacionamento e conversa, agora com o cargo garantido nos poderes públicos, elas são feitas sem o menor pudor ou medo de consequências. De que forma a impunidade no nosso país chegou a tal ponto para que um cidadão sem formação alguma na saúde sinta-se confortável para desconsiderar as orientações da Organização Mundial da Saúde?! É não satisfeitos criaram a fake news que afirmava a recomendação da OMS para o uso da medicação.
O que posso afirmar é que, o jornalismo e a educação no Brasil assumem papéis cruciais nesse momento, de combater a desinformação, de lutar incansavelmente para desmentir e informar de forma correta a população. Vivemos uma era onde somos bombardeados com centenas de reportagens todos os dias, sendo atualizadas desesperadamente para que não fique a menor brecha de tempo para as fakes news.