Na manha do dia 27 de Agosto de 2020, A notícia de que o Ministério da Educação estava distribuindo gratuitamente livrinhos do projeto CONTA PARA MIM se espalhou por vários grupos de whatsapp, telegram e facebook. A transmissão foi em massa e aconteceu tudo de forma muito rápida. Logo os grupos de estudantes de pedagogia e de pessoas que se interessam por leitura e educação recebiam essa informação.
A notícia em si era muito atrativa e tinha como subtitulo o incentivo a leitura. Com um slogan que chamava atenção, um texto bem escrito, também continha a imagem de um livro e um link onde o site do MEC era citado no final. Ainda trazia a frase: “Incentive a leitura em sua casa”. É importante lembrar que na data desta notícia, por conta da pandemia as escolas estavam fechadas desde o mês de março, com alunos sem aulas presencias e pais sem saber o que fazer para incentivar as crianças. Então muitas pessoas acreditaram.
Por ser uma notícia boa, despertou o interesse de muitas pessoas e essas foram atrás do que estava sendo proposto pelo texto (simples, pequeno e direto), e que conseguiu atingir o seu objetivo: transmitir a mensagem para o máximo de pessoas possíveis e fazer com que estas se cadastrassem. A proposta era entrar no site descrito e se cadastrar para ganhar os tais livros (rês livros por pessoa cadastrada).
Vale se atentar ao fato de que um projeto muito conhecido e parecido com esse já existe e possui bastante adeptos. O projeto é do banco Itaú, mas não tem nada a ver com o citado na notícia. Porém, as comparações e liações entre um projeto e outro foram muitas. As pessoas começaram a acreditar no projeto do MEC por já acontecer o do Banco Itaú anualmente. Aqueles que criaram a notícia também se atentaram a isso, pois o site para o tal cadastro era bem semelhante.
As tentativas de possuir determinados livros foram tantas que causou estranheza ao se notar que não havia como concluir a inscrição, a não ser que a pessoa que estava tentando clicasse em um novo link e informasse endereço de e-mail com senha e número do cpf.
O tal link de acesso da mensagem tinha o endereço do Ministério da Educação, mas não trazia o BR no final. Estranho. Suspeito. As pessoas passaram a ir reclamar também no site do MEC (esse com BR no final). O site que continha o BR não informava nada sobre o possível projeto e não disponibilizava nenhum cadastro para que as pessoas pudessem receber seus livros. Depois de observar todos esses detalhes citados acima, aqueles que tanto tentaram fazer o tal cadastro, passaram a suspeitar que fosse mais uma fake news. A proposta do “projeto” era excelente, mas parecia mais uma propaganda enganosa que se espalhou rapidamente e iludiu adultos e crianças que adoraram a ideia de livros distribuídos gratuitamente. A possível fonte do projeto (não da notícia) era confiável, então muitos acreditaram.
Essa notícia tomou proporções elevadas. Essa notícia é verdadeira ou falsa?