Em 2018 surgiu uma postagem, a princípio na rede social Twitter, em que dizia que a urna eletrônica utilizada no Brasil era fabricada na Venezuela e por isso, os resultados poderiam ser fraudados a favor do partido do PT, que é de esquerda. Além disso, surgiram outras postagens referente ao mesmo assunto em que afirmam que somente o Brasil, Cuba e Venezuela utilizavam o meio eletrônico para votação. É claro que em nenhuma das postagens havia fonte para que pudesse verificar os fatos e através da impressa foi feito um processo de investigação onde foi constatado que ambas são fake news. Com a “ajuda” do então candidato da direita, Jair Bolsonaro, que não ganhou logo no primeiro turno, a notícia se espalhou ainda com mais força e quando ele foi eleito no segundo turno, garantiu que só foi possível porque o povo brasileiro elegeu de forma massiva, o presidente nunca mostrou provas sobre a acusação que estava fazendo. Se as urnas realmente fossem fraudadas a favor do candidato de esquerda, então o atual presidente não estaria no governo do país, mas preferem acreditar em mentiras acima de mentiras para justificar a propagação de notícias falsas que convencem as pessoas que são presas nessas bolhas. Segundo o site UOL a empresa americana Smartmatic, participou de uma licitação, no ano em que iniciou as postagens, mas para fornecer através de venda bobinas de papel para as urnas e cabinas de votação, mesmo assim a mesma não foi escolhida. No ano de 2020 a mesma empresa entrou em outra licitação para participar da produção das urnas junto com a empresa Diebold, novamente perderam, desta vez para a empresa brasileira Positivo, pois, pediam um valor acima da concorrente. O boato conseguiu força por que essa empresa prestou serviços no ramo eleitoral na Venezuela no período de 2004 a 2017. No Brasil já trabalhou em transportar as urnas para lugares remotos, mas o TSE afirma que é inviável que as urnas eletrônicas sejam passíveis de fraude, tanto para dados implantados quanto com conexão por cabos ou wi-fi. A urna eletrônica sempre é testada por faculdades renomadas e auditorias confiáveis. De acordo com a imagem postada, também é inverdade que apenas três países usem a urna eletrônica, atualmente são vinte e três países que usam a tecnologia para registrar o voto, dentre eles França, Estados Unidos e Canadá. Cuba, como é mencionada na postagem, utiliza do voto em papel até hoje. Atualmente a empresa Smartmatic já não existe mais, fechou seus escritórios, inclusive o que matinha em Londres, mesmo assim, sempre em época de eleições essa fake news volta a ser propagada pelas redes sociais principalmente no whats app em que o compartilhamento se transforma de maneira viral atingindo a mais pessoas sem a preocupação de checar a veracidade dos fatos. Concluindo que é preciso sempre buscar em sites destinados em fact-checking para não cair em notícias que possam prejudicar decisões tão importantes, através de informações confiáveis é que podemos ter a dúvida antes mesmo de atestar a veracidade de algo que ouvimos, lemos ou vemos.
Fontes:
https://noticias.uol.com.br/confere/ultimas-noticias/2020/10/05/urna-eletronica-brasil-fabricada-venezuela.htm
https://exame.com/brasil/urna-eletronica-fabricada-e-controlada-pela-venezuela-entenda-o-boato/
https://politica.estadao.com.br/blogs/estadao-verifica/smartmatic-que-forneceu-urnas-para-a-venezuela-nunca-vendeu-aparelhos-para-o-brasil/
https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/factcheck/2020/10/06/interna_internacional,1192190/alem-do-brasil-15-paises-usam-urnas-eletronicas-em-cuba-voto-papel.shtml