Cesta Básica da Fake

Cesta Básica da Fake

    Conforme a tecnologia vai avançando e vamos navegando e nos tornando cada vez mais dependentes das cibercomunicações, ficamos muito mais vulneráveis a notícias maliciosas, duvidosas, ilusórias e enganadoras.

Recentemente, por exemplo, estava sendo divulgado no Whatsapp que o governo federal estaria implementando um projeto denominado como “Brasil sem miséria”, em que cestas básicas seriam distribuídas para a população carente que está sofrendo com a pandemia, e essa informação foi diagnosticada como “falsa” e publicada no site da Uol após passar por fact-checking. Há indivíduos maliciosos que usam nomes de órgãos públicos e de pessoas públicas para dar “autenticidade” as informações compartilhadas e, a partir do “clique” no link indicado, esses malfeitores podem ter acesso a dados do aparelho celular do indivíduo, que estará caindo num golpe cibernético.

Sendo assim, vemos o quanto o fact-checking se faz necessário, porque detecta essas falsidades informativas e, consequentemente, nos desvia de insolentes e aproveitadores, que apropriam-se da crise que estamos passando, instabilidades e incertezas para nos prejudicar continuamente.

A “desinformação” a respeito das cestas básicas enganou muitos entes, especialmente aqueles que não checam as informações e ainda as repassam. Por isso que não adianta haver fact-checking se as pessoas não contribuírem na averiguação de fatos, se os indivíduos preferirem acreditar na notícia falsa do que na verdadeira, se o cidadão prefere continuar sendo enganado do que sair da bolha social e não aceitar qualquer falácia direcionada a si.

O fact-checking foi criado justamente para combater conteúdos duvidosos, distorcidos, falsos, entre outros que direcionam o leitor/ouvinte/telespectador para uma linha informativa equivocada e temos que nos aproveitarmos disso para nutrirmos nosso intelecto com saberes coerentes, coesos, autênticos e íntegros. Por conseguinte, é nosso dever investigar, analisar e explorar corretamente conteúdos expostos na internet, televisão, rádio, etc., para depois viralizarmos (no bom sentido) tal informação, objetivando auxiliar, dar apoio, assistência a outras pessoas que estão escassas de recursos para manterem suas necessidades fisiológicas, cognitivas, financeiras, sociais, de estima, entre outras pendências a serem supridas por políticas públicas.

Portanto, não se engane com notícias de cestas básicas, cura instantânea de coronavirus, difamações de entes públicos, entre outros, porque tais conteúdos podem está sendo usados para o benefício de malfeitores e aproveitadores, em detrimento de consumidores das fake-news (de forma involuntária), que se tornam presas fáceis nas garras desses marginais. Infelizmente, o ciberespaço está cheio de armadilhas prontas para serem engatilhadas a qualquer momento. Daí, devemos ter sempre cuidado, prestar atenção nas fontes dialógicas, seus autores, verificar sua credibilidade e confiabilidade e suas intenções ao transmitir a notícia (se propõe favorecimento partidário, se instrui pautando-se em acontecimentos reais ou fantasiosos, entre outras características típicas de convencer o leitor/telespectador/ouvinte a dar crédito ao que está sendo exposto).

 

Referências bibliográficas:

OLIVEIRA, Felipe. Cesta básica do governo? Informação que circula no Whatsapp é falsa. Uol, 30 abr, 2020. Disponível em: <https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2020/04/30/cesta-basica-do-governo-informacao-que-circula-no-whatsapp-e-golpe.htm>. Acesso em: 06 mai, 2020.