É notório o crescente número de fake news a cada dia na sociedade na qual vivemos.
Percebemos que aqui no Brasil,onde o povo carece de um pensamento crítico reflexivo, sendo facilmente influenciado, compartilha mensagens em suas redes sociais sem fazer a checagem previamente.
Lembro-me de uma fake news que circulou em 2019 sobre medicamentos que continham a substância Fenilpropanolamina ,onde listavam os nomes de 22,entre eles o Naldecon, Dimetapp Expectorante e Descon.E ainda escreveram o nome errado da substância :fenilpropalamina.
Logo que recebi de uma amiga,a respondi dizendo que era falsa a informação porque quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa)divulgou a resolução determinando a suspensão da fabricação,distribuição e comercialização de 16 tipos de descongestionantes nasais,antigripais e expectorantes,eu trabalhava em uma rede de drogarias e participei do recolhimento nas prateleiras e estoques.
Vi a mensagem ser compartilhada inúmeras vezes,pois a recebi em quantidade absurda.Embora sem conhecer a metodologia de fact-checking,ao ter conhecimento da desonestidade da informação,fui investigar no Google alguns sites que considerava sérios e compartilhei os links com meus contatos dos quais recebi.
Provavelmente o sujeito que começou a divulgar tal informação não estava com intenção de enganar as pessoas,mas sim de passar adiante algo que julgasse de utilidade pública,já que é muito comum nossa população se automedicar, e por se tratar de medicamentos bem conhecidos e a maioria comercializados há muito tempo.
Diferente do meio político onde a desinformação virou uma estratégia,na verdade uma informação maliciosa para seus próprios benefícios.Sem falar de muitos que estão enriquecendo com tais notícias e da imprensa,pois boa parte do jornalismo se tornou declaratória,considerando partes de declarações pessoais para agradar ao público,sem qualquer checagem da verdade.Há muito sensacionalismo.
Temos o conhecimento que numa sociedade em constantes mudanças,onde as pessoas vivem com medos,incertezas,ainda mais no momento atual,o do isolamento social devido à Covid-19,à falta de empregos,o aumento da desigualdade social entre outros fatores,as emoções estão afloradas.Tudo isso contribui para o compartilhamento de dados,além de cada indivíduo se basear em suas crenças.
Em nosso país contamos com algumas instituições como a Lupa,que é a primeira agência de notícias especializada em fact-checking,desde novembro de 2015,corrigindo informações imprecisas e destacando dados incorretos. Estão de olho nos principais jornais,revistas,blogs e TVs e em diferentes temas.
A agência segue processos implantados por plataformas de fact-checking como a argentina Chequeado e a americana Politifact.
Temos também a primeira plataforma independente para verificação diária do discurso público no Brasil: Aos Fatos.É uma plataforma que através de infográficos,textos,vídeos,ou seja,se utilizam de ferramentas do que já aconteceu,está acontecendo e vai acontecer na política e como vai repercutir a curto,médio e longo prazo,trabalhando com a interpretação de dados políticos.
“Aos Fatos inicia cobertura das eleições 2020 com nova comunicação visual e foco em tecnologia”.
24 de setembro de 2020, 16h20
https://www.aosfatos.org/noticias/aos-fatos-inicia-cobertura-das-eleicoes-2020-com-nova-comunicacao-visual-e-foco-em-tecnologia/
https://extra.globo.com/incoming/17311816-3bf-2a2/w448/anivsa-proibicao-fenilpropa.jpg.
https://g1.globo.com/fato-ou-fake/noticia/2019/04/16/e-fake-que-fenilpropanolamina-esta-presente-em-22-medicamentos-vendidos-no-brasil.ghtml
https://www.saude.gov.br/fakenews/44432-fenilpropalamina-em-medicamentos-fakenews
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,antigripais-podem-causar-efeitos-colaterias,20001109p10609
https://media-services.digital-rb.com/s3/live-productcatalogue/ManualUpload/BR/7896016807213/7896016807213_Front-1.png
https://www.aosfatos.org/nosso-m%C3%A9todo/
https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/sa%C3%BAde/%C3%A9fake-corrente-espalha-informa%C3%A7%C3%B5es-falsas-sobre-presen%C3%A7a-de-subst%C3%A2ncia-perigosa-em-medicamentos-1.729398