A informatização e a globalização trouxeram diversos avanços tecnológicos, os quais são de grande valia para a realidade contemporânea e contribuem para a divulgação de informações acerca dos mais variados temas. Isso, porém, apesar de trazer diversos benefícios para a sociedade em geral, possibilita o mau uso, principalmente das redes sociais, para a propagação de “fake news”.
Embora sejam mais presentes em nossas vidas atualmente, relatos de notícias falsas que mudaram o curso do mundo são presentes desde os primórdios, como as acusações proferidas aos judeus na época da peste negra.
Atualmente, com a pandemia do Sars-CoV-2, diversas “fake news” vem sendo propagadas, principalmente relacionadas à cura da doença. Um exemplo icônico foi uma notícia falsa compartilhada nos grupos de “Whatsapp” que relatava que uma tigela de água misturada com alho poderia ser a cura do vírus.
Apesar de ser algo surreal e inacreditável aos nossos olhos, muitos acreditaram, fazendo com que fossem emitidas imagens e notícias que a desmentissem.
Entretanto, apesar de estarmos sempre suscetíveis a sermos vítimas de “fake news”, existem plataformas importantes que nos ajudam nesse quesito, principalmente as governamentais, como o portal do Ministério da Saúde (atualmente encontra-se indisponível por conta de uma atualização do site, conforme consulta realizada nesta data) , que possui inclusive um Whatsapp, no qual o cidadão envia uma notícia e eles respondem se é fato ou mito.
Outro exemplo é o Painel de checagem de “fake news” do Conselho Nacional de Justiça, compartilhando notícias falsas que foram criadas e desmentindo-as.
Além das já citadas, o portal G1 faz um trabalho incrível a respeito da propagação das “fake news”. O chamado “Fato ou Fake”, nome dado à iniciativa, sempre atualiza a população acerca das mais novas mentiras virtuais.
Não obstante, mesmo já existindo diversos portais que atuam nesse sentido, deve-se buscar maior adesão de instituições, veículos de comunicação e dos municípios e estados para que contribuam no incessante combate às “fake news”.
Conclui-se que é preciso sempre estar atento ao que é divulgado e compartilhado nas redes sociais, principalmente em um momento pandêmico como esse, repleto de desespero e incertezas. Além disso, é necessário aplicar a metodologia do “Fact-checking”, confrontando o fato apresentado com dados, pesquisas e registros, analisando ainda as fontes antes de propagar as informações, certificando-se de que sejam de caráter confiável. Assim, espera-se dirimir essa problemática e reduzir a desinformação, que já é grande, em nosso planeta.
Disponível em:
https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/painel-de-checagem-de-fake-news/
https://canaltech.com.br/apps/coronavirus-duvidas-whatsapp-ministerio-saude/
https://g1.globo.com/fato-ou-fake/
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/newyorktimes/ny1409200913.htm