Imagem: reprodução do Aos Fatos
Ao assistir o video recebido através do Whatsapp, verifiquei através da agência “Aos Fatos” que se trata de uma notícia falsa e que tem circulado a mesma notícia em vários países, como Chile, Grécia e Itália, e nos três os jornalistas checaram o material como falso. O video contém a fala do ginecologista italiano Roberto Patrela, que afirma que o Covid-19 é “certificado internacional de vacinação com inteligência artificial”, e segundo ele, esse é o significado da palavra. A fala pode soar convincente, afinal, trata–se de um médico, um senhor que passa certa credibilidade. Porém, enquanto checamos as afirmações, a fala do vídeo é desmentida por inúmeros fatores.
Começando pelo próprio significado do termo “Covid-19”, que a OMS anunciou como o nome oficial da doença em fevereiro de 2020. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, existem muitos tipos de “coronavírus” e o tipo que causa a doença Covid-19 foi batizado como Sars-Cov-2, devido à semelhança genética ao coronavírus que causou o surto de Sars em 2003. Além disso, o CITV (Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus), responsável pela nomeação dos vírus, o nomeia da mesma forma e essa nomeação segue as diretrizes da OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Esclarecida a origem do nome da doença e do vírus, o vídeo continua e o médico afirma que a intenção dos testes é fazer o “controle internacional de população“, dizimando 80 % da população. Revelando serem os testes em massa para o Covid 19, o perigo, por não serem confiáveis por não detectarem o vírus no organismo humano.
Priscila Pacheco da Agência Aos Fatos, informa sobre os testes sorológicos que colhe o material genético pela secreção do nariz ou garganta. Porém, se o material é coletado logo no início do sintoma, ou mais de três semanas depois do sintoma, o resultado tende a ser duvidoso, resultado “falso negativo”, esse é o teste RT–PCR. Outro teste é o sorológico que faz as análises através da coleta de sangue do paciente. Para detectar anticorpos constatando o contato em algum momento com o vírus ou não. Porém, este teste só é eficaz 7 ou 10 dias após a infecção. No Brasil, a ANVISA possui o registro destes testes e todo o controle dos mesmos.
O médico diz que a princípio todos somos portadores saudáveis da doença e que 90% dos testes darão positivo, uma vez que os testes não detectam com precisão o vírus, que os próprios produtores de testes mencionam este fato. Ele afirma que os resultados mostram pequenos virus inofencivos aos quais fazem parte da microbiota humana, sendo o terreno imunológico afetado por vacinas anteriores estará fragilizado. O especialista Renato Kfouri, pediatra e diretor da SBIM (Sociedade Brasileira de Imunizações) e a professora e pneumologista Ilma Paschoal, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), foram entrevistados pela Aos Fatos e esclareceram que as vacinas fortalecem o organismo, cumprindo o papel ao qual ela foi criada. Kfouri afirma que cada vez mais detectam efeitos “inespecíficos” das vacinas. Sendo que traz benefícios quando por exemplo, a vacina contra o sarampo impede também que outras doenças possam atacar o organismo. Pois o “sistema imune é ativado”, como reação benéfica ao corpo. A pneumonologista revela que não existem estudos comprovados mostrando que vacinações anteriores possam prejudicar o organismo de alguma forma ou enfraquecendo-o, como o ginecologista Roberto Patrela mencionou em seu video.
Referências: