É verdade que a China vem expandido seus negócios dentro dos mercados mundiais, mas dizer que ela quer comprar o Brasil soa bastante EXAGERADO.
De uns meses para cá, vem circulando nas Redes Sociais alguns boatos que a China estaria querendo comprar o Brasil, porém essas informações são exageradas. De forma semelhante, diariamente, diversas especulações envolvendo a China são provenientes de publicações – tendenciosas e descontextualizadas – com marcas, quase sempre, de cunho político ou ideológico, que tentam descaracterizar, ou não querem enxergar, um acontecimento histórico: a China prospera velozmente em direção à liderança e protagonismo como gigante potência econômica mundial.
Desde adoção de medidas estratégicas e prioritárias, nos últimos anos, para controlar os gastos públicos, em decorrência das últimas crises internacionais, a China vem crescendo aceleradamente, principalmente, por conta dos altíssimos investimentos, na casa dos trilhões, aonde vem aplicando sequencialmente suas finanças em infraestrutura, dentro do mercado interno e externo. Com isso, não é difícil perceber que o seu rápido progresso, dentro do cenário mundial, é resultado do enorme engajamento no volume de exportações e investimentos que a mesma totaliza – tanto nos setores industriais, como tecnológicos, dentre diversos outros.
Em razão disso, permeada por um mar de negócios gigantescos que banham todas as nações, surgem rumores, por parte daqueles que veem essa ascensão mercantilista como ameaçadora, atribuindo toda essa movimentação e expansão dentro de diversos países estrangeiros, como tentativa de “comprá-los”. No entanto, o fato é que a China soube calcular e recalcular a rota de suas finanças diante dos grandes impactos financeiros que o mundo veio atravessando em períodos de crise, e em função disso, direcionou a própria economia a seu favor, expandindo significativamente seu mercado por todo globo terrestre.
Nessa perspectiva, existem muitas outras formulações positivas atribuídas pelos estudiosos, que levam em conta detalhadamente as demais influências e transformações da economia chinesa, juntamente ao processo evolutivo do seu PIB, dentro do desenvolvimento e crescimento progressivo no mercado global.
Hoje, diante de uma pandemia catastrófica, que abala o planeta e mexe com toda estrutura política, social e, principalmente, econômica, esse retrato da expansão chinesa foi usada como um prato perfeito para alimentar a máquina de Fake News, sobretudo, em face da fragilidade do quadro atual, onde a desconfiança impera dentro dos espaços políticos – devido ao Coronavírus ter surgido na China – levantando associações equivocadas e insinuosas quanto à “causa” da origem da cepa.
Assim, diante desse triste caos que estamos vivendo, e ainda por cima, em meio ao fogo cruzado – Vírus versus Fake News – necessitamos adotar uma postura cautelosa, reflexiva e crítica quanto às notícias que recebemos diariamente, procurando checá-las quanto à veracidade dos fatos.
Em suma, essa ação de ir ao encontro da verdade não é um caminho distante, quando eleito um maior aprofundamento – podemos recorrer a artigos científicos; quando não se quer ir tão longe – podemos recorrer a Agencia Lupa ou a Plataforma Aos Fatos. Logo, optando por condutas conscientes, podemos democraticamente cessar imediatamente uma inverdade ou um boato, antes que suas distorções, danosas e perigosas, se dispersem pelas mídias sociais causando prejuízos de toda ordem.
Mediante o exposto, em tempos difíceis como este, precisamos nos vacinar também de bom senso e otimismo, para enxergarmos além do amontoado de informações mal intencionadas ou ingenuamente distorcidas, a fim de zelar tão somente pela VERDADE, como também prezar pelo bem-estar – político, social, econômico e cultural – da nossa sociedade.
Para saber mais sobre este assunto, consulte também o documento disponível no link: https://www.eco.unicamp.br/cecon/images/arquivos/observatorio/OBSERVATORIO_3.pdf
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DE MEDEIROS, C. A. O CICLO RECENTE DE CRESCIMENTO CHINÊS E SEUS DESAFIOS. 2010. Disponível em: < https://www.eco.unicamp.br/cecon/images/arquivos/observatorio/OBSERVATORIO_3.pdf> Acesso em: 05 de Abr, 2021.