Para derrotar Corona Vírus é preciso consumir alimentos alcalinos acima do nível de pH do vírus.

O texto está repleto de informações que podem ser refutadas com uma pesquisa. Primeiramente, não existem evidencias que comprovem o Covid-19 possa ser combatido através do consumo de alimentos, hábitos ou medicamentos, ou qualquer outro tipo de tratamento precoce.

A Organização Mundial de Saúde OMS possui em seu site orientações e conselhos a respeito da Covid-19 e desmente diversas informações difundidas atualmente como fake news.

Link para acesso ao site da OMS:

https://www.who.int/es/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019/advice-for-public/myth-busters

Outra informação errada no texto é sobre os valores de pH dos alimentos citados. O pH ou potencial hidrogeniônico mede a concentração de íons de hidrogênio, e serve para avaliar o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma substância ou uma solução. Sua escala de medida é de 0 a 14, substancias próximas de 0 são ácidas, 7 são neutras e próximas de 14 são básicas ou alcalinas.

Ao analisar a lista de itens recomendados pela postagens é possível observar itens que possuem valores de pH totalmente fora da escala, como por exemplo pH 22,7 e 15,6. Ou com características que não condizem com o pH real como por exemplo o limão, que sabe-se ser uma ácida com pH 2,2, e na imagem está com o pH alcalino ao invés de ácido. O abacate, que tem o pH de aproximadamente 6,5 e não 15,6. O pH do abacaxi tem faixa de pH entre 3,4 e 4,3 e não 12,7. A laranja varia a taxa de pH entre 3 a 5,5. A manga tem pH entre 3,3 e 4,6 e não 8,7. Já o alho tem o pH de 5,8 e não 13,2.

A partir disso já é possível desconfiar da veracidade da informação.

ACHÉ, L.; RIBEIRO, I. F. O pH de Frutas Nacionais. Departamento de Química Orgânica e Biológica da Universidade de São Paulo. Revista USP, Vol. 4, n. 2.

https://www.revistas.usp.br/rfmvusp/article/download/62423/65222/81422>

Microbiologia de Alimentos. Governo do Estado do Ceará.

https://www.seduc.ce.gov.br/wp-content/uploads/sites/37/2011/10/nutricao_e_dietetica_microbiologia_de_alimentos.pdf