Durante a semana que passou alguns sites informaram sobre aprovável possibilidade do Brasil vir a ser atingido por um Tsunami causado pela erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha espanhola de La Palma, no arquipélago atlântico das Ilhas Canárias. Assim, torna-se fundamental a discussão desses aspectos, a fim do pleno esclarecimento do assunto em tela.
Um vulcão é uma estrutura geológica, em terra firme ou em alto-mar, formado a partir do choque de duas placas tectônicas, camada rochosa formada por varias placa que formam a crosta terrestre, Quando essas placas se chocam elas se fundem parcialmente e as rochas esquentam a mais de 1000 graus Celsius. Há o aumento de pressão e a crosta terrestre derretida sobe à superfície, formando vulcões e ilhas. (Agencia Brasil)
Baseado em um estudo feito pelo Instituto de Geofísica e Física Planetária da Universidade da Califórnia, assinado pelos pesquisadores Steven N. Ward e Simon Day em 2002 – Tinha como base a projeção de uma massa de 500 km³ de destroços lançados ao mar, desprendida após uma explosão de grande proporção capaz de causar um colapso lateral nas paredes do vulcão, gerando assim um Tsunami capaz de atingir o Brasil com ondas de até 25 metros de altura.
Alguns sites alarmaram a população sobre a possibilidade de o Brasil ser atingido por um Tsunami provocado pela erupção do vulcão O Cumbre Vieja, localizado nas ilhas canárias espanholas, a noroeste da África, porém a mesma informação foi desacreditada por um dos autores do estudo e por especialistas do Instituto Volcanológico de Canárias (Involcan), presentes no local.
Um estudo do pesquisador norte-americano George Pararas-Carayannis, presidente do Tsunami Society International, afirmou que esse tipo de colapso é “extremamente raro e nunca ocorreu na história registrada”. Além disso, ele afirmou que estudos recentes prevendo a geração de tsunamis a partir da erupção do Cumbre Vieja foram baseados em suposições incorretas, acrescentou ainda em seu estudo que uma “atenção e publicidade inapropriada da mídia a tais resultados probabilísticos criam uma ansiedade desnecessária de que megatsunamis poderiam ser iminentes e devastar populações costeiras em localidades distantes da origem – nos oceanos Atlântico e Pacífico”.
Já o geólogo Mauro Gustavo Reese Filho, da Universidade Federal do Paraná, afirma em estudo que, ainda que as chances sejam remotas, a população costeira do Brasil deveria ser conscientizada. “Estudos mais recentes” dizem que as chances de ocorrência são remotas e longínquas, no entanto, o estabelecimento de sistemas de alarme que possibilitam a evacuação de áreas é justificável quando se trata de vidas humanas, a possibilidade de ocorrência deste evento por si só deveria ser razão para a prevenção de todos os tipos de danos na costa brasileira, porém até o momento nada foi feito. A falta de informação é a principal causadora deste problema, pois inclusive no meio geológico muitas pessoas não sabem sobre tal fato, ainda apontou a falta de cuidados preventivos na costa brasileira, afirmou Reese em seu trabalho também citado pela Metsul Meteorologia. (Agencia Brasil).
Referencias