Uma igreja de Porto Alegre prometeu imunizar fiéis contra o novo coronavírus. A Catedral Global do Espírito Santo, igreja em Porto Alegre, no Rio grande do Sul prometeu curar o vírus com óleo ungido durante um culto.
A notícia circulou pelas redes sociais, sites, outdoors e panfletos em fevereiro de 2020, assim que o vírus foi identificado, bem no início da pandemia.
Para chegar a conclusão de que a notícia é verdadeira, entrei em um processo de checagem selecionando a matéria, consultando quem poderia ter divulgado a informação, consultando fontes confiáveis comparando a notícia detalhadamente, contextualizei e classifiquei. A princípio não achei necessário, mas consultei uma fonte oficial para me certificar, o site do Governo do Mato Grosso. Podemos contar com muitos sites de checagem, porém com muito cuidado porque até esse tipo de plataforma pode ser inconfiável. Contamos com muitos canais para confirmar, inclusive como se trata de um assunto de saúde pública, podemos consultar o site do Ministério da Saúde.
Para combater as fake news sobre o novo coronavírus, o Ministério da Saúde disponibiliza um número de WhatsApp para envio de dúvidas da população. O canal não será um SAC ou tira dúvidas dos usuários, mas um espaço exclusivo para receber informações virais, que serão apuradas pelas áreas técnicas e respondidas oficialmente, se verdadeiras ou mentiras. Qualquer cidadão poderá enviar mensagens gratuitamente com imagens ou textos que tenha recebido nas redes sociais para confirmar se a informação procede, antes de compartilhar. O número é (61) 99289-4640.
É façanhoso o modo em que as proporções tomam forma a partir de uma simples postagem, ou chamada de uma notícia. O caso do óleo ungido era uma farsa, mas mesmo uma notícia verdadeira pode parecer tendenciosamente falsa, dependendo da plataforma, do olhar e também dos comentários sobre o assunto. Os comentários contendo opiniões e previsões, também fazem diferença na hora de acreditar em um fato, portanto é preciso estar sempre atendo a qualquer informação e investigar para saber a classificação dela, sobretudo antes de compartilhá-la. Pensar em qual o objetivo daquela informação é outra posição que devemos tomar ao ler as notícias. Manter a cautela tanto ao ler quanto ao reproduzi-las é essencial para mantermos a segurança da sociedade. Pensar em segurança no caso das fake news é essencial, pois, uma notícia tendenciosa pode levar a morte ou mesmo a uma prisão errônea como tem acontecido. É absurdo a olhos nus, mas aprofundando o assunto, entendemos o quão sério deve ser levado.
É cada vez mais decorrente a divulgação de falsas declarações e por este motivo é preciso educar o leitor ou ouvinte a criar o habito da checagem, por mais difícil que pareça – e é – trata-se de um hábito que pode ser inserido no cotidiano das pessoas: quanto mais falarmos no assunto, mais será absorvido na prática diária do consumidor das notícias (nós).
Fonte:
https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2020/03/02/policia-investiga-igreja-que-teria-prometido-imunizar-fieis-do-coronavirus-em-porto-alegre.ghtml