NOTÍCIAS SOBRE O NOVO VÍRUS DA VARÍOLA DOS MACACOS.
E de conhecimento geral que após esse período pandêmico que tivemos recentemente a (covid-19) estamos atentos a cada novo surto viral que surge temos ouvido rumores de novos vírus como a varíola dos macacos vamos procura entende como esse vírus surgiu. “Em abril de 1971, um burbúrio corria pelas ruas e vielas do bairro da Penha, localizado na zona norte do Rio de Janeiro. Eles estavam lá, em meio aos moradores da Vila Cruzeiro [que compõem o Complexo da Penha], os últimos dezenove pacientes acometidos pela varíola no Brasil. Amedrontados pela doença “invisível” que se alastrava pelo corpo em forma de bolhas e feridas, a salvação veio em pequenas cápsulas adquiridas pelas políticas públicas de saúde e vacinação instauradas naquele momento. Se hoje existem regras para pontos de vacinação, naquela época, tomar a vacina podia se tornar um verdadeiro evento. Festas populares, feiras, encontros religiosos e até paradas de ônibus passavam a ser locais de conscientização e vacinação.” O fato, citado por Gilberto Hochman, pesquisador pela Fiocruz, na revista “Ciência e Saúde” em 2011, foi o que tornou possível a erradicação da doença não somente no Rio de Janeiro mas em todo o Brasil.
“Talvez hoje, diante das criptomoedas, metaverso, vídeos no tiktok e a temida pandemia de covid-19, falar de varíola pudesse parecer um tanto “cringe” [termo usado por jovens que remete a algo fora de moda]. Por outro lado, a varíola dos macacos, que já soma mais de mil casos no Brasil, não é a mesma doença que acometeu os moradores da Vila Cruzeiro até 1971.”
“Descoberta em 1970 por meio do isolamento do vírus em primatas, a varíola dos macacos não se restringe a estes animais, sendo encontrada principalmente em roedores e transmitida aos seres humanos pelo contato direto.”
“Caracterizada por sintomas como febre, mal-estar, dor no corpo e dor de cabeça, a varíola que assusta a população mundial em 2022 se assemelha a diversos outros quadros clínicos até o quinto dia, quando surgem lesões em diversas regiões do corpo, principalmente nas genitálias.”
Varíola Humana x Varíola dos Macacos
“Nível de infectividade. Essa é a principal diferença entre os dois tipos da doença e que não pode ser tratado apenas como um burbúrio. De acordo com a infectologista pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC/UFU-Ebserh), Francielly Gastaldi, a varíola humana possui um grau de infectividade maior que a varíola dos macacos, sendo mais transmissível e provocando sintomas mais graves.”
Já a varíola dos macacos é mais branda, não apresentando um nível de mortalidade significativo até mesmo em pacientes não imunizados. Formado por um DNA de dupla fita, o monkeypox apresenta baixa capacidade de mutação e, por isso, pode ser mais facilmente controlado.
Vacinação
Como forma de barrar a doença que assusta a população e cresce em número de casos no país, o Ministério da Saúde demonstrou interesse na compra de 50 mil doses da vacina contra a varíola dos macacos a Organização Mundial de Saúde (OMS) não recomenda, neste momento, a vacinação em massa, e sim o direcionamento desta às pessoas expostas ao vírus ou com maior risco de infecção.
A infectologista do Hospital das Clínicas explica que, ao contrário do que acontece em casos como a pandemia de corona vírus, que acomete as pessoas independentemente de grupo de risco ou idade, a varíola dos macacos exige ações mais direcionadas.
“Uma vez que eu tenho um vírus que possui somente uma cepa e a mortalidade não é alta, não há necessidade de propor uma vacinação em massa sem avaliar a peculiaridade dessas pessoas”.
“Gastaldi ainda esclarece que, pela vacina contra o monkeypox ser composta pelo vírus vivo atenuado, ela não é indicada para todas as populações, uma vez que, em alguns casos, elas podem gerar complicações – como aconteceria com pacientes imunossuprimidos.”
“Recentemente no dia 01/08/2022 saiu uma reportagem de Zaria Gorvett ( BBC Future) dizendo “O misterioso vírus ‘impostor’ que nos protege da varíola dos macacos.”
“Na virada do século 19, um pânico bizarro tomou conta de Londres. Panfletos informativos foram distribuídos. Livros alarmistas foram escritos. Surgiram tratamentos duvidosos. A população foi alertada, em massa, que estava em perigo — com o risco iminente de… se transformar em vacas-humanas.”
“Um pequeno — e controverso — grupo de médicos estava fomentando preocupações sobre um procedimento pioneiro, que incluía pegar um vírus que infectava o gado com varíola bovina e usá-lo para proteger as pessoas contra a varíola.”
“A técnica foi chamada de “vacinação”, nome que deriva do termo em latim “vaccinus“, que significa “da vaca” — e as primeiras evidências sugeriam que era extraordinariamente eficaz, protegendo 95% das pessoas de uma infecção que geralmente matava cerca de 30% de suas vítimas e desfigurava permanentemente a maior parte do resto.”
Havia até mesmo uma expectativa inicial de que pudesse acabar com a doença para sempre.
O fato é que os primeiros céticos em relação às vacinas tinham entendido tudo errado. É claro que a nova técnica não transmitia a essência bovina para pessoas — o cowpox era apenas um vírus normal e, nos séculos seguintes, levaria à extinção da varíola. Mas também pode nunca ter tido nada a ver com vacas.
Referência bibliográfica:
https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-62319031
https://comunica.ufu.br/noticia/2022/08/tudo-que-voce-precisa-saber-sobre-variola-dos-macacos