Autismo: excesso de ácido fólico na gravidez pode dobrar risco

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), também conhecido como autismo, é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social, interesses restritos e comportamentos repetitivos.  Devido ao aumento de casos de crianças autistas, várias hipóteses foram levantadas por médicos e pesquisadores, dentre elas, a correlação do uso do ácido fólico na gestação e o transtorno.

O ácido fólico é uma forma sintética do folato, um tipo de vitamina B, que é essencial durante a gestação, pois ajuda no desenvolvimento neurológico do feto durante o fechamento do tubo neural. Sendo assim, é um composto que tem grande importância para o período embrionário, em especial nos primeiros meses do desenvolvimento do feto.

O texto da notícia escolhida, relata os inúmeros benefícios do ácido fólico para a formação do feto, no entanto, ressalta que seu consumo em excesso pode aumentar em duas vezes o risco de autismo nos bebês, de acordo com o estudo da Universidade Johs Hopkins, nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, mães de crianças autistas tinham níveis quatro vezes maiores de folato do que o recomendado. Os pesquisadores analisaram o nível de ácido fólico no sangue de 1.391 mães, logo depois do parto, e de seus filhos durante o período de 1998 a 2013.

Dessa forma, é fundamental a busca por fontes confiáveis para um assunto tão sério como este, visto que envolve vidas, e a disseminação de informações falsas, imprecisas, contraditórias, distorcidas, dentre outras, causará danos irreparáveis as famílias e posteriormente a sociedade. Levando em consideração os conteúdos disponibilizados na disciplina, e seguindo os conselhos destacados, as análises foram feitas quanto a fonte confiável (Veja), dados científicos, data, hora, além de comparar o conteúdo da notícia com outras reportagens e pesquisas que abordam o mesmo assunto, sendo assim, conclui-se que a notícia escolhida possui caráter VERDADEIRO. Contudo, é importante salientar que novos estudos e pesquisas foram realizadas, ratificando os benefícios do ácido fólico no primeiro trimestre da gestação, além de acrescentar que o medicamento pode reduzir o risco de autismo e aliviar as características da condição.  Ademais, a Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), com base nesses estudos, se posiciona a favor do uso de ácido fólico nas mesmas recomendações realizadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e pelo American College of Medical Genetics (ACMG), ou seja, o consumo de 400 microgramas por dia, idealmente já iniciando um mês antes da gestação, seguindo até o terceiro mês da gestação, que além de ter seu efeito protetor confirmado já é comprovadamente seguro para a mãe e o bebê.

Mediante ao exposto, percebe-se a grande relevância da aprendizagem da prática de fact-cheking, pois contribui para disseminação de notícias verdadeiras e de grande importância para a sociedade, em contrapartida evita a desinformação e circulação de fake News.

Link da notícia:

https://veja.abril.com.br/saude/autismo-excesso-de-acido-folico-na-gravidez-pode-dobrar-o-risco/

Fontes externas:

https://www.sbgm.org.br/detalhe.aspx?id=1478&area=4#:~:text=Em%20resumo%2C%20o%20que%20podemos,%C3%A9%20um%20fator%20de%20risc

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/acido-folico

https://observatoriodoautista.com.br/2018/04/01/acido-folico-pode-reduzir-o-risco-de-autismo-provocado-por-medicamentos-para-epilepsia-e-produtos-toxicos/