O presidente Jair Bolsonaro reproduziu, em live em suas redes sociais, alegações falsas sobre remédios contra a covid-19 que estão em fase de testes e usou as informações incorretas para, mais uma vez, defender medicamentos que não são recomendados para o tratamento da doença, influenciando muitas pessoas a tomaram esse medicamento que não tem nenhuma O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reproduziu informações que não tem veracidade. Bolsonaro falou de um suposto “comprimidinho” desenvolvido pelas farmacêuticas Pfizer e AstraZeneca, fabricantes de vacinas contra a covid, que teria ação antiparasitária parecida com a da ivermectina. Os medicamentos testados pelos laboratórios citados pelo presidente não têm nenhuma relação com o vermífugo — que não deve ser usado no tratamento da covid, segundo a OMS ( Organização mundial da Saúde)
Patrícia Garcia, uma especialista em saúde pública no peru, disse que em um determinado momento estimou que 14 em cada 15 pacientes que ela atendia no hospital estavam tomando ivermectina — e que quando eles chegavam, estavam “muito, muito doentes”.
Grandes grupos pró-ivermectina no Facebook e outras redes sociais se transformaram em fóruns para as pessoas encontrarem dicas sobre onde comprar o medicamento, incluindo preparações destinadas a animais. Mesmo o medicamento não tendo nenhuma ligação com a covid, alguns grupos contêm regularmente postagens sobre teorias da conspiração de que estão acobertando a ivermectina, além de promover o sentimento antivacina ou encorajar os pacientes a deixar o hospital se não estiverem recebendo o medicamento. Infelizmente muitos acreditaram nisso e até mesmo não tomaram vacinas acreditando que o remédio ajudaria. Hoje em dia, há muitos canais de circulação de informações falsas, disseminadas de forma veloz pela internet, em poucos minutos ou segundos estão em todas as redes. Elas são usadas para manipular pessoas e destruir reputações, além de já terem sido utilizadas no mundo até para influenciar eleições, neste momento próximo as eleições vamos ver muitas Fake News por aí espalhadas por todas as redes, servem para disseminar pânico e dar informações erradas que podem, inclusive, colocar vidas em risco. É por isso que precisamos agir como investigadores ao receberem qualquer tipo de notícia para não sermos vítimas de ‘fake News’. Temos que ficar em alerta, conteúdos falsos circulam com maior velocidade que notícias verdadeiras! O primeiro passo é investigar e avaliar a fonte, o site e o autor do conteúdo. Muitos sites conhecidos por publicarem ‘fake News’ têm nomes parecidos com sites de notícias. É preciso avaliar com cuidado o endereço e verificar se o site é confiável. Vale, também, analisar se outros conteúdos dessa página são duvidosos, tem muitas páginas com notícias absurdas e difíceis de acreditar. As pessoas tendem a acreditar naquilo que vai ao encontro do seu próprio pensamento, principalmente dentro das “bolhas” da internet, onde ficamos conectados a pessoas que pensam como nós, isso faz a gente acreditar mais fácil nas notícias falsas, portanto, fake News que confirmem ou reforcem ideias e valores que a pessoa já tenha vão facilmente parecer verdade e, muitas vezes, serão compartilhadas sem qualquer questionamento. Se ninguém assume a origem da informação, estranhe. Se parecer “muito bom para ser verdade” ou é algo muito importante, mas não apareceu em outros veículos, mesmo pesquisando em todos os lugares desconfie. Ainda, sempre é bom atentar à data da informação. Às vezes, uma notícia verdadeira, mas que foi publicada anos atrás, é descontextualizada e compartilhada, o que pode confundir quem a recebe. Não se deixe enganar com qualquer notícia jogada na internet.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-58827372