Quantas vezes por dia nos deparamos com posts de conteúdo duvidoso? De onde vem o desejo de compartilhar uma notícia falsa? A que propósito servem aqueles que o fazem?A nova era da informação mudou a forma do ser humano se comunicar, isto é fato. Nunca na história tivemos tanto acesso ao conhecimento de forma tão rápida e prática. Porém o que seria uma ferramenta de grande ajuda para o cotidiano das pessoas acaba tornando-se seu algoz.
O grande fluxo de informações importantes acaba levando consigo um mar de sujeira, notícias fraudadas, as nomeadas “Fake News“. A origem desses conteúdos são diversas, mas devemos focar na sua distribuição. Pessoas do nosso dia a dia tios, amigos, professores, o dono da padaria – compartilham inúmeras postagens de fontes duvidosas sem se dar ao mínimo esforço de investigar sua veracidade. Seja por foto, vídeo, link ou texto, as mentiras seguem uma rota viral. Algumas pessoas se defendem dizendo que “confio em quem me mandou, por isso nem investiguei”, outras assumem o erro e confessam a pura e simples preguiça de pesquisar sobre, porém para compartilhar não há preguiça que impeça. Não nos esqueçamos também daquelas pessoas mau-caráter, que promovem estas mentiras de modo a disseminar o ódio, seja por um grupo de pessoas e/ou pensamento. Em alguns casos, os autores criam manchetes absurdas com o claro intuito de atrair acessos aos sites e, assim, faturar com a publicidade digital.
Com tamanho volume de disseminação de conteúdos, pessoas reais ficam vulneráveis às fake news e acabam compartilhando essas informações. Dessa forma, está criada uma rede de mentiras com pessoas reais. Existem grupos específicos que trabalham espalhando boatos.
A deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) parece estar se especializando na divulgação de notícias falsas. A parlamentar foi às redes sociais nesta terça-feira anunciar que o procurador-geral da República, Augusto Aras, arquivou a notícia-crime apresentada por um deputado do PT contra Jair Bolsonaro.
A novidade é que Aras sequer apreciou a notícia-crime encaminhada a ele pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. A ação chegou à PGR por volta das 11h, e foi automaticamente distribuída ao vice-procurador-geral, Humberto Jacques de Medeiros.
Segundo nota encaminhada pela assessoria de imprensa da PGR nesta terça-feira, não houve, até o momento, decisão sobre o pedido feito pelo deputado federal Reginaldo Lopes.
Esta não é a primeira divulgação de informação errada que a deputada comete esta semana. No domingo, espalhou a fake news do “porteiro”, segundo a qual um homem teria morrido em um acidente, mas teve a causa oficial da morte atribuída à Covid-19 .