Quem nunca recebeu repetidas vezes aquelas mensagens com conteúdo engraçados, curiosos, tendenciosos, ou até mesmo irritantes ou caluniador? Isso mesmo, falo das correntes que independente do conteúdo que abordam sempre aparecem com o mesmo objetivo, o de causar burburinho nas redes sociais entre pessoas que as repassam.
São nossas conhecidas desde que trocávamos mensagens apenas por e-mail, porém estão mais atuantes nos dias de hoje e crescendo com a mesma velocidade com que as mídias avançam e evoluem.
Eu recebo algumas, para não dizer muitas diversas vezes ao longo da semana e me são enviadas por variadas pessoas do meu círculo social. Dependendo de quem me envia, até arrisco a perguntar se a pessoa realmente acredita naquilo que a mensagem sugere que ela faça e tenho as respostas mais esquisitas como estas: “Vai que é verdade! ”, “E se acontecer? ”, “Eu prefiro não duvidar”. “Tenho medo de não repassar” e por aí vai.
Ao longo do mês de abril, diversas vezes recebi pelo WhatsApp uma mensagem que Dizia: “ Argentina está fazendo isso.”. Confesso que até o início desta atividade não tinha dado importância e ignorava todas as vezes que recebia, pois de cara é perceptível que se trata de uma informação desnecessária, sem fundamento e sem propósito servindo apenas para entupir a memória do celular caso não descartada.
Ao iniciar esta atividade abri o aplicativo WhatsApp, afim de procurar uma notícia para desenvolver a proposta solicitada e eis que me deparo outra vez com esta mensagem, e resolvi consultar sua “possível veracidade”, um Fack-checking para acabar de vez com essa história chata.
Como já previa, trata-se de apenas mais um boato como muitos que circulam diariamente entre pessoas que utilizam aplicativos de troca de mensagens.
A Mensagem diz: “ Atenção!!! Eles enviarão um vídeo para o WhatsApp, mostrando como a curva de infecção do Covid-19 está se achatando. O arquivo se chama Argentina está fazendo isso, não o abra ou veja, hackeia o telefone em 10 segundos e não pode ser parado de forma alguma. Passe as informações para familiares e amigos. Não abra, eles também disseram isso na TV. ”
Andamos tão assustados neste tempo de pandemia que considero a referência da informação ao achatamento da curva de disseminação do Covid-19 (que sugere a mensagem) o único motivo pelo qual alguém repassaria tal informação, pois de início a mesma passa uma ideia bastante imprecisa citando um sujeito indeterminado como responsável pelo dano que o vídeo irá causar ao aparelho se for executado.
Se observarmos mais um pouquinho, é uma mensagem curta, sem referência de autor ou alguém que se responsabilize pelo que a mesma informa, não tem link para acesso do possível vídeo o que justificaria uma pequena chance de rastreio pelo tal vírus e volta a afirmar no final o tal sujeito oculto, em resumo, uma fofoca virtual, uma Fake News.
O que me deixa curiosa nesta questão foi o número de vezes que recebi a tal mensagem desde que iniciamos o isolamento social. Creio que se as pessoas que recebem tal conteúdo ainda que não fizessem uma investigação da fonte e sua veracidade, mas que fizessem uma leitura interpretativa da mesma, não encaminhariam este tipo de arquivo.
Acredito que a pressa do dia a dia é a grande responsável por determinar que as pessoas não encontrem tempo ou não achem necessário fazer uma leitura mais a fundo acabando por fazer uma leitura mecânica apenas de palavras soltas do texto, não fazendo ligação com o real sentido que pode estar implícito na mensagem.
Somente a atenção, o cuidado em checar a procedência e o sentido e utilidade de tais informações podem frear, filtrar ou extinguir a circulação das mesmas evitando sua propagação que como um vírus pode não causar mal algum como também pode acarretar em enorme prejuízo.
Na mensagem pesquisada e checada compreendi que o mesmo texto, isto é, a mesma estrutura do texto também já foi utilizada em outras correntes que mudam o teor da informação de acordo com a temática que está em pauta no momento.