Em um momento onde a humanidade está fragilizada fisicamente e psicologicamente com a pandemia do covid-19 que além de nos deixar amedrontados com a possibilidade do contagio pelo vírus, também nos abala pela perda de entes queridos, dos empregos, por estarmos sem a interação social que é tão inerente ao povo brasileiro, nos deixa estarrecidos e preocupados com as constantes altas nos valores dos produtos de consumo básico. É crescente o número de pessoas buscando uma maneira de obter receita para sustento de suas famílias ao mesmo tempo que tentam se proteger da doença. Se não bastasse todo o caos do cenário atual, vivemos também uma segunda pandemia que é a propagação em larga escala de notícias falsas e que geram muitos problemas e desinformação.
Na busca de atrair clientes, vendas ou adeptos, muitas notícias fantasiosas, manipuladas ou distorcidas se proliferam pelas redes, com aparência de que são verídicas, prometendo soluções milagrosas e rápidas, mas que na realidade não passam de propagandas enganosas que não produzem resultado algum.
Um exemplo que podemos citar aqui são os inúmeros sites que prometem uma grande perda de peso, de forma rápida, quase milagrosa, em apenas cinco dias, um abdômen sarado em dez dias ou outros que oferecem cremes capazes de fazer o cabelo crescer quatro vezes mais rápido, como se fosse possível usar um creme na parte exterior do corpo (no couro cabeludo) e alterar o organismo, o verdadeiro responsável pelo crescimento dos fios capilares e do emagrecimento efetivo. Infelizmente existem indivíduos carentes de conhecimentos que acreditam nas ofertas destes sites, compram, e por vezes até compartilham os mesmos pelas redes sociais levando mais pessoas ao engano. Outro grande problema de notícias como essas é que elas caem na descrença e geram uma desconfiança nos produtos que fazem de fato efeito, elaborados por empresas serias e comprometidas que investem em qualidade e levam o selo das agências reguladoras. Esses sites ainda prejudicam financeiramente as pessoas que investiram seus recursos em “soluções” que não solucionam nada. E temos ainda uma enorme problemática; o grande o número de pessoas que hoje em dia se automedicam, que deixam de ir ao médico por se “consultarem” nos sites de buscas, “tratam” suas patologias, que por vezes nem sequer existem, de maneira errônea gerando resistência a bactérias e microrganismos, que podem resultar em patologias serias e irreversíveis. Tudo isso por uma busca de tornar a vida mais barata, prática e rápida.
Os usuários da internet precisam estar atentos ao que leem na grande rede. Sites com notícias falsas na maioria das vezes possuem aparência igual a sites de credibilidade justamente para passar uma falsa ideia de autenticidade. O usuário precisa fazer uma checagem de dados e informações, confrontar notícias com outros sites, buscar fontes confiáveis, e o mais importante, não passar a frente um conteúdo que não possui certeza absoluta de sua veracidade.
Todos nós somos responsáveis pelo que se propaga na internet. Todos precisamos fazer nossa parte e garantir que conteúdos falsos não venham a ser propagados.
link da notícia: