O pequeno didator

Uma imagem pode destruir uma imagem

Uma imagem é capaz de grande simbolismo. A foto do governador de São Paulo caracterizado a semelhança de Hitler pode atrair forte atenção do público. Essa informação foi compartilhada pelo Facebook, uma rede social de grande impacto. Trata-se de uma imagem de grande circulação.

É notório que na Internet as imagens representam uma carga de validação do texto que a vincula. Ela é, de certa forma, o carro-chefe da mensagem que se quer construir. Ela vai além das palavras, povoando o imaginário. Chega primeiro, essa é a sua vantagem. Não seria exagerado dizer que há os que nem mesmo leem refletidamente para achar que compreendeu o conteúdo ou mesmo para compartilhar. Uma imagem, mesmo conflitiva, é bem possível de ser passada para frente sem muitos questionamentos.

Um representante em uma imagem é sinônimo de exercer algum poder. Isso pode ocorrer de forma mais intensa dependendo do momento em que ela é exposta ou a programação que fizeram a seu respeito. Neste caso, é uma figura conhecida, o João Dória, governador de São Paulo e traz a sua tônica de acordo com o que a imagem quer mostrar. Sim! O que vemos em notícias inverídicas, geralmente, não é o uso autêntico de uma imagem, mas a sua usurpação, alteração e mesmo edições de caráter bastante duvidoso.

A informação contida foi amplamente compartilhada e ela traz uma realidade que afeta a todos, pois o assunto em pauta é a pandemia do Coronavírus. Afirma que o governador Doria está obrigando a toda a população do estado de São Paulo a tomar uma vacina chinesa, a qual, segundo a mensagem, está afetando muitas pessoas com efeitos colaterais graves, falando inclusive em mortes devido a vacina e a alteração do DNA.

Isso tudo se daria devido a fragilidade dos testes, como também pelas más intenções que foram mencionadas em um espírito de guerra praticamente, onde está mencionado que existe um projeto eugenista e de implicações da vida como invalidação dos documentos, bloqueio em concursos públicos, não poder usar o passaporte, etc. Há na linguagem empregada  uma espécie de perseguição para quem não tomar a vacina. A mesma convoca as pessoas a fugirem para lugares mais desertos.

Há que se pensar que esta mensagem foi veiculada em uma grande rede social, o Facebook, que atrai dezenas de milhares de pessoas todos os dias. É algo praticamente da rotina das pessoas o acesso a esta rede e,  nesse contexto pandêmico, torna-se bastante crítico, por fortalecer uma postura anti-vacina, por assustar as pessoas e mesmo por desinformar. Seu papel, certamente, é por em dúvida a eficácia da vacina e incentivar a sua negação. Este conteúdo é, portanto, muito perigoso pode atrapalhar os planos de imunização da população.

A análise desta imagem observa que muitos são os elementos para se alcançar um grande público. A imagem de impacto acompanhada de um texto com um teor alarmista pode significar muito para quem o lê sem muitos critérios e algum discernimento para avaliar uma fake News. Se não há um senso crítico apurado sobre o que se recebe de informações a informação acaba sendo multiplicada e tida como base para o comportamento de muitas pessoas.

Portanto, é mais que necessário a atenção e verificação as fontes, a checagem de informações, aos sites especializados em descobrir as notícias falsas. Tudo isso colabora para a formação cidadã e real significado das coisas, o que é fato. Este cenário é um tanto assustador, por isso, cabe a cada um fazer a sua parte nesse amplo processo de conscientização e não deixar-se envolver por qualquer informação que circula, mesmo que de alguma forma ela atenda a alguma opinião particular ou adequação que se sinta.

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