Desde a constituição do universo e do homem, a relação entre o ser humano e a natureza sempre existiu, com isso, sempre fomos expostos a diversos riscos de contaminação, seja por contato direto ou indireto com os animais. Recentemente, vivemos um cenário que gerou muitas dúvidas a respeito da relação do homem com a natureza e os animais, o cenário pandêmico com o vírus Sars-cov-2, causador da COVID-19, que causou mortes, surtos e sequelas físicas e psicológicas em toda a sociedade. Passamos pelo cenário da doença com mudanças de informações acontecendo a todo momento. Os noticiários bombardeavam nossas vidas de informações incertas tanto para o meio científico como para o meio secular e o número crescente de mortos pelo mundo nos causava pânico. O medo de ser infectado pela doença levou várias pessoas a terem atitudes irracionais como se medicarem de forma indevida e ineficaz já que a vacina ainda não estava autorizada, qualquer medida contraceptiva, até mesmo caseira, estava sendo considerada válida por muitos. É a partir daqui que começaremos nossa discussão sobre a desinformação do ser humano e as consequências que o mesmo gera conduzido pelo desespero irracional e inconsequente.
Após o cenário pandêmico e todo o caos registrado em nossa memória, outra fonte de incertezas surgiu, mais uma vez nos gerando insegurança e a sensação de que estávamos à beira de outro colapso sanitário mundial. A notícia da monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos começou a assombrar as nossas vidas em um momento em que começávamos a pensar que estávamos aprendendo a conviver com a presença da COVID-19 em nossa sociedade. Apesar de ser uma doença já conhecida pelos cientistas e considerada erradicada pela Organização Mundial da Saúde na década de 1980 devido uma ampla campanha de vacinação mundial que aconteceu entre os anos de 1960 e 1970, a falta de interesse da sociedade em se informar passou a levar o ser humano a ações irracionais na intenção de “resolver o problema”.
Vivemos em uma era onde a informação está disponível para nós praticamente em tempo real, porém, estamos tão doentes e contaminados pelos filtros bolhas que é mais cômodo dar credibilidade a uma informação na palma das mãos, mesmo falsa, do que dedicar um pouco do nosso tempo em pesquisar mais sobre o assunto a fim de analisar a veracidade da mesma.
Poucos dias após a notícia da monkeypox começávamos a ver fake News se espalhando e causando medo na sociedade. Encontrar animais mortos, atacados por seres humanos, nos mostrou a ignorância de nossa sociedade. A que ponto somos capazes de chegar por uma fake News ou pela falta de interesse em uma informação? Atacamos nosso próprio ecossistema, sem nos preocuparmos se isso gerará consequências.
Fontes:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/variola-dos-macacos