A notícia que Fernando Haddad, ex-canditado a presidência, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação no governo Lula, teria ficado em segundo lugar em uma eleição de sindico em seu condomínio é falsa. Haddad mora em uma casa, fora de um condomínio. A história ganhou força depois que alguém achou que seria engraçado afirmar que Haddad não ganharia uma eleição nem mesmo para síndico de seu prédio. A notícia se originou em páginas de humor e logo foi compartilhada nas redes sociais como se fosse verdadeira. A falsa notícia ainda afirmava que o ex-presidenciável, ainda colocou a culpa pela sua derrota em grupos de whatsapp, em uma clara alusão aos mecanismos usados pelos partidários de extrema-direita que tem como ferramenta de disseminação de falsas notícias, os grupos de compartilhamento de mensagens. Trata-se de uma verdadeira máquina política esta não é a primeira vez que Fernando Haddad é vítima desses esquemas. Este saiu no El País de 04/10/2018. “Essa é de causar inveja no autor dos clássicos de espionagem John Le Carré: diretamente da Sierra Maestra um destacamento de militares cubanos pousou em Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, para garantir a segurança do candidato petista Fernando Haddad. O boato, que exigiu um bocado de criatividade e algumas referências da Guerra Fria, nasceu a partir de uma foto na qual simpatizantes do presidenciável aparecem com um bonés estampados com a bandeira da ilha caribenha e estrelas vermelhas, vestidos com camisetas verde-oliva. Se ele estivesse com um boné do É o Tchan diriam que “Jacaré e Cumpadi Washington fazem segurança de Haddad”?”
Outra clássica é a fake do Kit Gay que teria sido criado por Haddad.“Na verdade, trata-se de um projeto chamado Escola Sem Homofobia, que o Ministério da Educação, então sob a gestão de Fernando Haddad, apresentou em 2011 com o apoio de diversas ONGs, mas não chegou a ser implantado. O objetivo do “kit gay”, como foi apelidado por seus detratores, seria oferecer formação aos professores para lidarem com os direitos LGTB, a luta contra a violência e os preconceitos e o respeito à diversidade entre os jovens e adolescentes. De forma alguma propunha “sexualizar as crianças” e “ensinar a ideologia de gênero nas escolas do Brasil”, como afirmou Bolsonaro numa entrevista em que mostrava um exemplar do livro Aparelho Sexual e Cia., de Hélène Bruller e Philippe Chapuis, que foi distribuído pelo Governo em algumas bibliotecas, mas nunca foi incluído no programa e não chegou aos colégios. O programa Escola Sem Homofobia acabou sendo vetado pela então presidenta Dilma Rousseff por pressões da bancada evangélica no Congresso.”Mas o estrago foi grande para a campanha de Haddad e muitos até mesmo professores, eu conheci uma, que juravam que isso era verdade e se alastrou como pólvora.
Outros fakes muito sérios foram creditados a Haddad como a legalização da pedofilia. Assim como o fake difundido por Olavo de Carvalho de que Haddad pregava o comunismo e o incesto em seus livros.
Mas, a mais marcante para mim foi a terrível mamadeira erótica! Meu Deus, muita gente acreditou!
“Das sex-shops para as eleições: esta notícia mentirosa disse que mamadeiras eróticas foram entregues em creches pelo PT para combater a homofobia. De fato o artefato com o bico em formato de pênis existe e é vendido em lojas online voltadas para o público adulto, mas tanto o PT quanto o Ministério da Educação negaram que a mamadeira tenha sido distribuída.”
Podemos claramente concluir que a eleição do atual presidente contou muito com os efeitos das fakes e a campanha para 2022 já está começando!