Enquanto pessoas sérias e comprometidas com a verdade, precisamos estar atentos ao propagarmos informações e assim evitarmos a disseminação de notícias falsas. Infelizmente, esse tem sido um sintoma bem atual e a internet, em especial as redes sociais tem sido dominadas por fake news, inclusive vimos pessoas ganhando notoriedade e se elegendo através delas, mas voltemos ao ponto que quero abordar nesse texto.
Todas essas notícias que propagam informações mentirosas precisam ser combatidas, mas o que mais me incomoda é quando isso impacta diretamente na saúde das pessoas. Desde o início da pandemia, as redes sociais tem sido invadidas por fake news no que diz respeito ao combate do corona vírus. Fórmulas mágicas, remédios sem nenhuma comprovação científica sendo vendidos como solução, ao ponto de esgotarem em algumas farmácias. Enquanto isso, métodos que foram eficazes em várias partes do mundo são postos à prova, visto que um grupo de negacionistas diz que estes não são confiáveis, influenciando assim inúmeras pessoas a não somente deixarem de se proteger, como também colocando outras pessoas em risco.
A mais recente dessas notícias a que tive acesso foi a divulgação do uso de cloroquina através de nebulização. O vídeo em questão foi publicado no perfil oficial do Twitter de Onyx Lorenzoni, atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil (https://twitter.com/onyxlorenzoni/status/1373457198567788544). O próprio presidente tem o mesmo posicionamento, visto que entrou ao vivo na programação de uma rádio para defender este procedimento. (https://saude.ig.com.br/2021-03-21/bolsonaro-defende-nebulizacao-da-hidroxicloroquina-para-tratar-covid-19–veja.html)
Como resultado disso, até a presente data, já foram noticiados três óbitos no Rio Grande do Sul, decorrentes de tal prática. Quem será culpabilizado diante dessa situação? Somente os médicos que fizeram tal procedimento ou quem sem nenhuma comprovação divulga esse tipo de informação? Trouxe três links que mostram como essa informação acarretou e pode acarretar diretamente a vida de mais pessoas.
Uma maneira eficaz para combate dessas notícias é a democratização do acesso às informações através de profissionais capacitados em suas redes sociais. Sabemos que muitas pessoas apesar de terem contato com a informação agem de má-fé e continuam a propagar ou até mesmo escolhem não acreditar, mas ainda assim é um bom caminho fornecer informações concretas e de maneira acessível.
Um exemplo disso é a publicação do atual presidente da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia, Frederico Leon Arrabal Fernandes, que utilizou de seu perfil no Twitter para alertar seus seguidores sobre os riscos que tal procedimento pode ocasionar: “Um comprimido tem na sua composição talco e sílica. As duas, se inaladas, se depositam no pulmão causando uma reação inflamatória. O acúmulo desse material leva a insuficiência respiratória crônica. E mais inflamação no pulmão não ajuda nada na COVID. Não inale comprimido.”(https://twitter.com/FredLAFernandes/status/1374074276391886849)
Negacionistas sempre existiram. Pessoas que propagam mentiras ou informações imprecisas também. Porém com o crescente uso da internet, muitas pessoas passaram a ter voz e infelizmente, utilizam-se desse espaço para tal prática. O que é ainda mais problemático quando isso acontece através de pessoas que possuem destaque e influenciam muitas outras pessoas através de suas falas. Estamos vendo profissionais com embasamento científico sendo questionados, enquanto, por exemplo, correntes recebidas em grupos de whatsapp são validadas.
15 de abril de 2021 -
Boa tarde, concordo com você noticias falsas acarretam vários problemas como , falências, agressões, quebra-quebra, infelizmente até morte, como no caso retratado. Precisamos ficar muito atentos , principalmente em um tempo no qual informações propagam na velocidade de um clik.