Desde o início e descoberta do novo corona vírus muitas notícias de caráter falso continuam sendo espalhadas pelos canais informativos, várias dessas notícias inverídicas são compartilhadas e atrapalham o progresso da luta contra a doença dificultando o trabalho da OMS, pois tratando-se de uma doença que causou uma catástrofe ecológica no mundo inteiro, qualquer notícia nova que surge automaticamente chama atenção do público com muita facilidade e infelizmente estamos vulneráveis as inverdades (fake news) publicadas nos meios digitais e isso é muito preocupante.
No meio de múltiplas inverdades é possível citar uma das notícias duvidosas que resultou em grande audiência nos últimos tempos, que foi a divulgação de mensagens e “informativos” que questionavam a eficiência da vacina contra covid 19 , dado que continua estabelecido que mesmo após tomar a vacina as medidas preventivas prevalecem para os vacinados, tais como : uso de máscaras, álcool em gel, evitar aglomerações, lavar as mãos frequentemente, distanciamento social, entre outras. No entanto a notícia espalhava dúvidas a respeito da eficácia da vacina já que mesmo tomando a vacina se faz necessário manter os cuidados básicos para evitar a disseminação do vírus e de acordo com os estudos fact checking uma notícia de caráter “DISTORCIDO” é usada apenas para produzir boatos e notícias com conteúdo enganoso que serve para aqueles textos, imagens e áudios que trazem informações factualmente corretas, mas aplicadas com o intuito de confundir.”
Ao lerem esse tipo de mensagem que distorce o real motivo de manter os cuidados básicos ( que não é pela ineficiência da vacina e sim por conta da demanda grande de pessoas que ainda não estão imunizadas) muitas pessoas ficam desacreditadas e desistem da vacinação e com isso o risco de aumento do contágio pode continuar crescendo e isso é alarmante.
Sendo assim, ao acessar o site do Instituto Butantan o mesmo afirma a verdade sobre os fatos que:
“Após tomar as duas doses da vacina, ainda é necessário esperar pelo menos 15 dias para que ela atinja a eficácia esperada. E, para voltar à normalidade, boa parte da população precisa já ter sido imunizada. Isso porque o mecanismo de funcionamento de uma vacina consiste na introdução de uma partícula chamada de antígeno, que produz uma resposta imunológica no corpo.”
“A orientação é que as pessoas vacinadas mantenham as medidas de proteção até que a maior parte da população esteja vacinada, o que deve demorar algum tempo. Só então será possível atingir a chamada “imunidade de rebanho”. Enquanto esse estágio não for alcançado, não há garantia de que as pessoas vacinadas não possam ser vetores da doença.”
As afirmações acima evidenciam que as mensagens tinham por objetivo distorcer a realidade dos fatos, pois ela coloca a eficácia da vacina em dúvida por conta da recomendação da continuidade das medidas preventivas, mas na verdade essas recomendações da OMS e do BUTANTAN só estão sendo cobradas porque boa parte da população ainda não foi imunizada e não pela vacina não ter funcionalidade, pois a vacina oferece várias vantagens , segundo o Instituto Butantan:
“O antígeno faz com que o corpo seja capaz de reconhecer o vírus e produzir anticorpos. Caso o corpo entre em contato com o vírus no futuro, já terá a memória para combatê-lo e conseguirá enfrentá-lo de maneira eficiente. Por isso, ao tomar as duas doses da vacina, você só estará protegido depois de algumas semanas.”
Todavia continua sendo primordial manter rigorosamente as prevenções e cuidados básicos com a saúde, pois segundo o Médico Dráuzio Varella, a pessoa vacinada pode transportar o vírus para as outras pessoas que não foram vacinadas .
No momento atual a única afirmação que temos é que sim, nenhuma vacina possui total garantia e isso se aplica para qualquer tipo de medicamento, pois a medicina estuda as possibilidades e oportunidades entre precaução e cura e busca aproximar a vacina das chances máximas de prevenção, como por exemplo de uma pessoa que já foi vacinada apresentar o mínimo risco de agravamento da COVID 19, fazendo com que a vacina traga benefícios consideráveis e esperançosos nesse período de crítico de contaminação.
As vantagens da Vacina segundo o epidemiologista José Cássio de Moraes, da Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo são:
- “Um vacinado tem a chance de 80% de ter um quadro leve de Covid-19”
- “A vacina desenvolve anticorpos e é por isso que o vacinado tem condições de ter um quadro mais leve”
- “Como há uma correlação de gravidade e carga viral, à medida que a cobertura aumentar pode ter indiretamente uma redução da transmissão”
- “O objetivo primordial da vacina é reduzir formas que exigem atenção médica e aliviar o sistema de saúde que está ou vai ficar super demandado, com risco de falta de leitos e insumos, como, por exemplo, oxigênio”
- “A vacina da Influenza, aplicada todo ano, tem esse mesmo objetivo: reduzir formas graves”
- “Essa redução de casos mais graves é um critério importante para definir as fases de distanciamento”
- “São Paulo está em fase vermelha, mas já esteve em fase amarela”. Essas fases permitem o funcionamento de serviços menos essenciais
Para avaliar a intenção e a inverdade dessa notícia, foram consultadas fontes confiáveis como o site oficial do Instituto Butantan e o site da Organização Mundial da Saúde, ambos os sites explicavam qual era o real motivo de manter as precauções mesmo após tomar a vacina, e isso desmente as distorções contidas nessas mensagens de duvidar dos proveitos que a vacina oferece embora continue exigindo cumprimento das medidas preventivas, que foram estabelecidas apenas para evitar que os vacinados transportem o vírus (em um aperto de mão por exemplo) para as pessoas que ainda não estão imunizadas e não porque a vacina não “serve para nada”. Logo o método fact checking auxilia o público em como filtrar melhor as informações, mostrando qual passo a passo seguir para avaliar e assim validar ou desmentir uma noticia de caráter duvidoso, para melhor segurança de nosso consumo informativo nas redes digitais.
Fontes:
https://g1.globo.com/fato-ou-fake/coronavirus/noticia/2021/02/02/e-fake-que-vacina-contra-covid-19-e-inocua-porque-ainda-e-preciso-manter-distanciamento-social-e-mascara.ghtml
https://g1.globo.com/fato-ou-fake/coronavirus/noticia/2021/02/02/e-fake-que-vacina-contra-covid-19-e-inocua-porque-ainda-e-preciso-manter-distanciamento-social-e-mascara.ghtml